A captura de animais é um tema complexo, com um crescendo de novos desafios associados à mudança acelerada da sociedade moderna e consequente evolução e mutação rápida do conhecimento e metodologias utilizadas. Hoje, mais do que nunca, há a necessidade de partilha e aquisição de novos conhecimentos por parte daqueles que directa ou indirectamente estão ligados a esta actividade.

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Considerando o sucesso que tiveram os I, II e III Cursos Técnicos de Captura, várias entidades da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com o apoio da Asociación de Tramperos de España (ATE) decidiram avançar com a organização do III World Trapping Conference para os dias 4 e 5 de Março de 2017.

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Os objectivos desta conferência são a divulgação de técnicas de captura de animais em geral e captura por armadilhagem em particular, respeitando o bem-estar animal e a seletividade dos meios, em diversas áreas como a captura com objectivos científicos, captura de espécies exóticas invasoras, captura de animais vadios ou errantes em ambientes urbanos e peri-urbanos e gestão cinegética. Temos também como objectivo debater os aspectos técnicos, éticos e legais destas abordagens durante a conferência, com particular ênfase na mesa redonda prevista para a parte final.

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A captura de animais é por vezes um imperativo por questões de segurança e bem estar do próprio animal, saúde e segurança pública, evitar danos nos ecossistemas e obter informação científica que é fundamental para a tomada de decisões correctas. A captura envolve dificuldades de que não suspeita quem é leigo na matéria. Pelos muitos documentários televisivos é sobrevalorizada pelo público em geral a contenção química dos animais, o que na realidade tem aplicações muito limitadas. Assim, o recurso à armadilhagem para capturar animais é uma necessidade dos profissionais do sector e que tem tido um desenvolvimento muito grande nos últimos tempos, principalmente além fronteiras.

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São estes desenvolvimentos que vão ser expostos e debatidos nesta conferência, não só a nível de preparação da captura através de sinais de presença e fotoarmadilhagem, como o planeamento de todo o processo e escolha do melhor método de captura. Vão ser ainda apresentadas e debatidas: a metodologia para homologação de armadilhas; as armadilhas já homologadas em Espanha desenvolvidas com base em estudos científicos que pretenderam avaliar o bem estar do animal no processo e ainda a sua selectividade, isto é, se só é capturada a espécie alvo; as linhas futuras de actuação. Também vai ser alvo de debate a legislação europeia, portuguesa e espanhola em vigor e a ainda a possibilidade de harmonização entre as diferentes realidades.